segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Single...


Single...
A palavra mais usada atualmente é: (o que vai rolar hoje ?)
Estamos passando por uma transformação? ou é uma busca de novos valores? O fato é que nem mesmo sabemos o que estamos procurando?
Nossa moderna sociedade do espetáculo cada vez mais esta perdendo a noção do ridículo. Todos os dias nos entregamos a mera ilusão passageira e o que é pior ilusões que nem são de nossa vontades.
Cada vez mais tem meninas siliconadas como se fosse quesito obrigatório de felicidade, nos encontramos mais nos meios virtuais do que pessoais não sentimos nem mais os cheiros do perfumes daquela paquera, mas já sabemos o que ela vai fazer no final de semana, com quem vai pra balada e sua comida preferida entre outras peculiaridades que são expostas na internet.
Hoje o chamado “single” já é tendência, já virou moda e já não sabemos como lidar com esse novo modo de viver sozinho.
Hoje os chamados sites de “relacionamentos” não fazem nada mais do que distanciar os relacionamentos, é mais fácil fazer parte de uma comunidade e expressar nossas frustrações mais intimas ao invés de vivenciá-las.
Cada dia somos mais e mais solitários em nosso mundinho.
Hoje já é quase impossível encontrar jovens casais de mãos dadas, cada fez mais a família é posta em cheque, virou brega ou démodé ter família.
Em um futuro próximo vamos pagar caro pra viver como antigamente, vai chegar a hora de revermos nossos conceitos e nossas frustrações,
Quero ser fora de moda, retro ou ate mesmo ridículo, mas ainda quero ver o mundo como meus avos onde tudo era mais consistente, mas simples e muito mais verdadeiro.
Quero ser ridículo a ponto de dizer para alguém que nunca vi que a amo, quero ser démodé ao invés de um e-mail eu lhe der um abraço, quero ser brega quando exibir minha coleção de discos de jazz ao invés do meu carro importado e quero ser ridículo quando olhar nos olhos de uma pessoa e disser muito obrigado por fazer parte da minha vida.

Emilio Millo