sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

É só puxar o pino!


É só puxar o pino!


E ai !
É agora à hora de puxar o pino?
Quero sim puxar o pino, quero ver isso tudo bem do alto.
Quero ter a sensação de estar voando
Quero respirar o ar mais puro e impor um ar mais sereno
Quero ver os olhos daquele que sempre quiseram, mas não tiveram coragem
Quero ter noção do estrago, e que o espaço entre puxar o pino e estrondo possa passar por meus olhos e o meu egoísmo possa fazer parte de uma comunhão de pedaços de mim
E mais tarde consiga juntar todas as vísceras para mostrar que basta somente puxar um pino e ver que depois de todos os ruídos existe o maior deles,
o silencio.......


Emilio Millo

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Single...


Single...
A palavra mais usada atualmente é: (o que vai rolar hoje ?)
Estamos passando por uma transformação? ou é uma busca de novos valores? O fato é que nem mesmo sabemos o que estamos procurando?
Nossa moderna sociedade do espetáculo cada vez mais esta perdendo a noção do ridículo. Todos os dias nos entregamos a mera ilusão passageira e o que é pior ilusões que nem são de nossa vontades.
Cada vez mais tem meninas siliconadas como se fosse quesito obrigatório de felicidade, nos encontramos mais nos meios virtuais do que pessoais não sentimos nem mais os cheiros do perfumes daquela paquera, mas já sabemos o que ela vai fazer no final de semana, com quem vai pra balada e sua comida preferida entre outras peculiaridades que são expostas na internet.
Hoje o chamado “single” já é tendência, já virou moda e já não sabemos como lidar com esse novo modo de viver sozinho.
Hoje os chamados sites de “relacionamentos” não fazem nada mais do que distanciar os relacionamentos, é mais fácil fazer parte de uma comunidade e expressar nossas frustrações mais intimas ao invés de vivenciá-las.
Cada dia somos mais e mais solitários em nosso mundinho.
Hoje já é quase impossível encontrar jovens casais de mãos dadas, cada fez mais a família é posta em cheque, virou brega ou démodé ter família.
Em um futuro próximo vamos pagar caro pra viver como antigamente, vai chegar a hora de revermos nossos conceitos e nossas frustrações,
Quero ser fora de moda, retro ou ate mesmo ridículo, mas ainda quero ver o mundo como meus avos onde tudo era mais consistente, mas simples e muito mais verdadeiro.
Quero ser ridículo a ponto de dizer para alguém que nunca vi que a amo, quero ser démodé ao invés de um e-mail eu lhe der um abraço, quero ser brega quando exibir minha coleção de discos de jazz ao invés do meu carro importado e quero ser ridículo quando olhar nos olhos de uma pessoa e disser muito obrigado por fazer parte da minha vida.

Emilio Millo

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mudanças...


Sempre estamos mudando, sempre estamos em plena fome de coisas novas seja aquela que vão só encher os olhos ou que nos vai dar aquela dor de cabeça, mas temos sempre a necessidade da mudança.
Trocar de roupa, um corte novo de cabelo, uma cidade que nunca fomos ou até uma maneira de pensar.
A mudança é uma das poucas coisas que não dependemos do tempo, e sim fazemos do tempo um aliado importantíssimo.
Só é mudança aquilo que podemos trocar de lugar, como dizia um maluco do Recife “um passo a frente e você já não esta no mesmo lugar”
Algumas mudanças fazer parte de um aprendizado ou busca de uma nova realidade e até mesmo outra forma de encarar a vida.
Todos nos temos um fator chamado “zona de conforto” e como encarar esse estado que pra muitos não fica só em uma fase, vira mesmo um espécie de muleta.
Para encarar seu lugar no mundo e firmar-se como parte dele, depende de algumas decisões que temos que tomar ao longo dessa mudança.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009



Como matar mais de 500 pessoas e ir tomar café

Depois de uma noite de sono onde realmente lembro-me de tudo dos meus sonhos detalhe por detalhe, me levanto da cama por volta das 8h30 da manhã e saio da cama com uma missão, onde tenho que fazer jus de um instinto que para muitos é quase impossível controlar o tamanho genocídio. Encarar o espelho me trás a sensação de que posso não ser a mesma pessoa depois do terrível ato.
Ter coragem sempre faz muita diferença em horas como essa, mas a vontade e o prazer de poder livrar-se de alguém gera uma sensação grandiosa de autonomia e poder, pois eu tenho a certeza de acabar com um ser muito próximo.
Premeditando tudo, ate os mínimos detalhes, pois não seria possível deixar vestígios, muito menos algum arrependimento. Pois o arrependimento nesse caso não iria servir de nada.
Como é de costume, vou pegar o jornal no portão, mesmo tendo em minhas mãos teimo em dar uma olhada na versão on line, ao acessar a internet me lembro do delito que venho planejando há dias.
Assustadoramente, vejo e revejo todos os membros que serão desfigurados; são mais de quinhentos, e fico pensando no trabalho que isso vai dar.
Como um serial killer, que deixa sua assinatura ou mesmo leva alguma coisa das vitimas, no meu caso eu queria pelo menos seus contatos para deixar a evidencia que estaria vivo após o crime.
Diante de um único botão, o disparo seria rápido e preciso, no momento de acionar o gatilho e ouvir o som do click, na hora me vem nos olhos uma tela azul de tom bem claro lembrando-me que essa seria minhas configurações, palavras como excluir, acabar, deixar e ate mesmo deletar são nítidas e escrita de um azul com a cor um pouco mais forte.
Mesmo assim estou decidido acabar logo e me ver livre desse vicio diário e tentar viver uma nova vida sem nenhuma comunidade, sem depoimento e sem amigos.
No ato de dar o ultimo golpe, noto que aparece uma palavra que até hoje nem sei bem o significado certo “scrap”.
Depois dessa, parecendo como se fosse o ultimo suspiro de misericórdia aberto o botão e deleto o Orkut em seguida vou tomar o meu café.

Emilio Millo

terça-feira, 15 de setembro de 2009


A VIDA

(Henfil)

”Por muito tempo eu pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade.
Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga.
Aí sim, a vida de verdade começaria.
Por fim, cheguei a conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade.
Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade.
A felicidade é o caminho!
Assim, aproveite todos os momentos que você tem.
E aproveite-os mais se você tem alguém especial para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo;
e lembre-se que o tempo não espera ninguém.
Portanto, pare de esperar até que você termine a faculdade;
Até que você volte para a faculdade;
até que você perca 5 quilos;
até que você ganhe 5 quilos;
até que você tenha tido filhos;
até que seus filhos tenham saído de casa;
até que você se case;
até que você se divorcie;
até sexta à noite;
até segunda de manhã;
até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova;
até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos;
até o próximo verão,
outono, inverno;
até que você esteja aposentado;
até que a sua música toque;
até que você tenha terminado seu drink;
até que você esteja sóbrio de novo;
até que você morra;
E decida que não há hora melhor para ser feliz do que AGORA MESMO…
Lembre-se:
“Felicidade é uma viagem, não um destino”.
“Quem tem um porquê viver, encontrará, quase sempre o como.”

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Pula ai Meu !


Toda vez que eu vou me atirar, junta gente pra ver.
Uns gritam: pula!
Outros gritam: não pula!
E outros esperam sem interferir.
Uns choram, outros fazem piada, outros observam em silêncio.
Mas a decisão é minha, eu sei.

Num momento indeterminado, que sempre me pega de surpresa por ser igual aos outros, eu finalmente pulo e começo a jornada pelos ares. Agora ninguém fica indiferente e todos querem ver. Eu vôo sobre os "ooooooooohs" admirados da multidão. Nesse momento eles me amam. Até os que não me conhecem ou desejam que eu caia, todos me amam, com um amor que não é pra mim e que eu aceito e deixo passar, leve e livre.

Às vezes eu caio. É por isso que vão me ver, quando vou me atirar. Porque às vezes eu caio e, mesmo que não caia, sempre existe o perigo de cair. Levei muito tempo para aprender a cair e ainda não sei bem. Sei mais sobre voar. Cair dói e às vezes eu morro. A cada vez que morro, pra renascer é um custo. Houve um tempo em que achei que não saberia renascer. Agora, depois de tantas vezes, sinto que um dia não terei forças para renascer mais uma vez e não sei se já chegou a hora.

Mas sei que é assim mesmo. Um dia não terei forças para renascer mais uma vez e isso acontecerá sem ruído, num momento igual aos outros. Morrer não é defeito.

É também por isso que, toda vez que eu vou me atirar, junta gente pra ver.

Emilio Millo

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Fome de Respeito !


Depois de digerir esse assunto eu

volto a comentar essa palhaçada...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

sexta-feira, 19 de junho de 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Guerra de Satelites


Quando o bicho pega sai de baixo!!

tudo e todos para obter uma boa noticia, uma boa imagem e claro um bom salário...

quinta-feira, 30 de abril de 2009

O homem moderno prisioneiro de seu vazio interior


O homem moderno prisioneiro de seu vazio interior



Mergulhado no abismo infinito das superfícies, o homem moderno caminho só. Será enfim, a liberdade conquistada? Será o descompromisso com o sangue, a tradição, a família, o encontro, enfim, concretizado da existência com a verdade do ser? Numa palavra, haverá substância humana sem fantasmas? Qual o encanto das casas, das ruas, das árvores sem almas que lhes corporifiquem a alteridade do mistério? Sim, o mistério das coisas é o próprio encanto das coisas.

Entre o olhar-clareira do ser a possibilidade da visão, há toda a densidade da luz que se descortina. Imagens que se duplicam para cada olhar do ser, sua correspondente magia de coisa que se permite ser. Caminhamos desacompanhados de nossa sombra (esse inconsciente pessoal que ilumina o caminho e o sugere como momento de descanso em dia de trabalho árduo) esquecemos a memória porque dela não mais nos lembramos, viajamos para o futuro, sem bússola nem dor nostálgica.

Anestesiamos o mundo de sua fatal carga de utopia. Nossos filhos emudecidos. Que a cirurgia não derrote a pulsação, porém. Ao desencantarmos as instituições sociais, que forjam a construção do ego e suas metamorfoses desencantamos um certo jeito de ver o mundo. Um certo de ver com o olhar que o projetava. Nas grandes cidades um certo silêncio, feito de violência juvenil, de indiferença, de escárnio, riso histérico nos cinemas, nos bares, contudo um altissonante silêncio. Um homem e seu carro.

Uns homens e suas trocas simbólicas-maquinações cosméticas de um certo desejo mimético-homem e suas inegáveis companhias metafóricas, outros homens. Insisto, um altissonante silêncio. Escorre pelos dedos, está nas praças, prepara as refeições noturnas, alimenta os velhos, contagia as crianças, até o cão adestrado e maquiníco o suporta com olhos líquidos a espera de vida macia. Não a carne, mas o que falta para o seu sabor: apetite. Perdemos então o mistério do passado institucional e o apetite para com o presente.

Conquistamos uma inegável capacidade de tolerância interracial, somos permissíveis em relação a comportamentos estranhíssimos, temos uma sensibilidade generosa para as tragédias e misérias televisivas e, contudo, muitas vezes rodopiamos no estetismo mais inócuo, na tolerância transformada em tanto faz.

Foi preciso que suplantássemos a noite velada do mistério para desvendarmos a nudez, sem encanto, da claridade absoluta. A claridade nos cegará? Mas existe uma ciência social ainda falando da vida? Vejam a economia, por exemplo, o que tem a nos dizer? Economia é uma coisa tão seria que não deveria se deixada nas mãos de economistas, nos ensinava o velho escritor inglês, Bernard Shaw.

Ao cientificarmos o mundo, positivamente, o matematizamos. Retalhamos o humano para medí-lo, pesá-lo, para prever suas reações comportamentais, para discipliná-lo. E o quê restou deste humano? Apenas discursos frios sobre gráficos e números. O objeto científico, solidão é mesmo objeto? Quem conseguirá penetrar profundamente na alma humana, para la escandir o que chamamos solidão?

A modernização das sociedades ocidentais, ao outorgar a validade de grupos sociais em eterno conflito, criou certa subjetividade muito peculiar. A construção social do 'eu' passa a não obedecer quaisquer prescrições normativas de ordem consuetudinária, mas só ergue-se em meio à arruaça dos especialistas e administradores de corpos e mentes.

Parece que o enfraquecimento dos laços representacionais da comunidade criou um o sujeito moderno-desamparado e por isso mesmo arrogante e violento. Dependente de conselhos terapêuticos, de modismos fugazes, o 'eu' moderno é tanto mais instável quanto mais pode dizer bem alto: EU EXISTO.

O caso daquele garoto Linderbergue aprisionando e matando sua namorada Eloá, me parece um exemplo paradigmático deste desespero! Se a modernidade instaura a diversidade ampla de comportamentos possíveis e aceitáveis, algo ficou pra trás: a segurança de pertencermos ao mesmo fluxo de sangue de nossos antepassados, a algum lugar de referência em nossa memória histórica. Desterritorializado, o espaço perde o peso da fixação para ganhar uma dimensão puramente temporal: vivemos em função da agenda de compromissos e o lugar passou a ser a manifestação fantasmagórica dos minutos disponíveis durante o dia.

Átomos terapêuticos: permitimos que o outro nos elogie por alguns pequenos instantes, porque mais seria uma conversa redundante! Não se trata de falarmos em solidão como alguma incapacidade emocional de sujeitos, trata-se sim, de percebermos vidas que pulsam e matizam suas cores de silêncio e desamparo, num mundo exausto porque demasiadamente competitivo e desértico ainda que super povoado por fantasmas e suas solitárias sombras narcísicas.

Alguém já reparou na idade dos meninos e meninas que matam e seviciam suas vítimas sem qualquer compaixão? Alguém já observou a idade dos jovens que perdem a vida em nosso trânsito enlouquecido?

A solidão do sujeito moderno, particularmente, os jovens, é sinal que a cultura do prazer e do consumo nada mais significa que um convite ao escapismo e à violência desmesurada.

domingo, 26 de abril de 2009

Musica alternativa ou a alternativa para a musica?


Ha uns quinze anos atrás, seria impossível pensar em gravar uma musica em um PC de computador e imaginar que ela poderia chegar no norte ou no sul do pais, em questão de segundos, quem se encarregava em fazer esse “intercambio”musical, era os correios, esse processo muitas vezes não muito seguro, era a única forma de enviar e receber matérias como, fitas K7, Zines , camisetas e muito flyers de shows, e dessa forma poderíamos ficar informados sobre as novidades dentro do nosso pais. Em seguida eram as revistas que viriam fazer parte dessa busca de informação, muitas dessas revistas eram importadas e chegavam aqui com meses de atraso.
Esse “perreio” em busca de bandas e novos estilos, de toda parte do mundo fez com que voltássemos à atenção para o mercado nacional que até então era voltado para o mercado internacional!. No final dos anos oitenta essa visão é direcionada para mercado nacional, dando foco para o norte do Brasil, começa a década de noventa com um virtuoso e valoroso enriquecimento da nova geração de bandas e ritmos que até então eram desprezados pro nos brasileiro.
O Manguebeat resultou com uma forma da de musica e se tornou uma espécie de revelação naquilo que já tínhamos, como o maracatu, o frevo, o cavalo marinho entre outros ritmos brasileiros.
O fato é que hoje em dia estamos muito mais em freqüência em nossos artistas e bandas que hoje temos, e podemos afirmar que ditamos as regar para o mercado mundial.

Seja essa musica eletrônica, instrumental , experimenta, de garagem ou regional, estamos muito bem representado com varias dessas bandas, correndo os pais fazendo show e vendendo seu material , de forma que surgem novos selos que ajudam a difundir esse mercado que já não podemos dizer “alternativo” e sim independente pois sair de grandes gravadora não quer dizer que não será reconhecido e sim o reconhecido de forma susta, ou seja ser dono do seu próprio trabalho, e fazer isso sem atravessadores.
Hoje em dia a nossa Internet ocupa o papel dos correios e revistas na troca de informações, tornou muito mais fácil e pratico, sem contar com a rapidez com que ela propaga e mostra meio para se chegar a uma boa divulgação de novos trabalhos e bandas
Pois é, a arma esta em nossas mãos agora e saber usar essa nova forma de poder realmente faz o diferencial!!
Então faça uso desses novos meios de mídias digitais tais como MP3 , fotofogs entre outra que estão disponíveis, e lembre-se só é visto quem aprece!!

sábado, 21 de março de 2009

" A INFORMAÇÃO É A ARMA MAIS PODEROSA"


Repórter alemã utiliza monitor e câmera com transmissão sem fio, acoplado a sua cabeça, para transmitir notícias durante a feira de tecnologia CeBIT


quinta-feira, 19 de março de 2009

Vida de jornalista não é mole não !!


Reporter japones morto em Mianmar costumava cobrir conflitos O jornalista, de 50 anos, trabalhava para a agencia japonesa "APF". Ontem, com uma pequena camera, ele gravava os protestos contra a Junta Militar birmanesa em Yangun quando foi atingido pelos tiros dos soldados que dispersavam os manifestantes, segundo a "Kyodo".

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sò de Passagem


Só de Passagem


Como um rascunho, e sem intenção de passar a limpo à história de uma cidade. É por meio de sua arquitetura que notamos uma grande expressão artística herdada pelos Europeus que aqui passaram e fixaram suas heranças e costumes.
O pintor francês Armand Julien Palliere, que de passagem por Taubaté no ano de 1821, desenhou a primeira planta da vila de Taubaté que se tem conhecimento, ele também destacou alguns pontos históricos da cidade, fazendo com que o município traçasse essa forma artística que ficou marcada nos dias de hoje.
O fato de Taubaté estar privilegiada geograficamente é o que faz enxergarmos uma característica muito marcante em seu perfil arquitetônico.
De passagem pelo centro da cidade, onde as ruas, até hoje são estreitas e as casas são próxima uma das outras, você se remete ao um passado onde todos os moradores se debruçavam em suas janelas que ficavam todas de frente para a rua, um antigo gesto que ficou marcado por um habito de estar diante de suas casas para ver os viajantes que sempre passavam pro dentro da cidade, fazendo com isso um grande corredor de troca de informação e objetos mais isso é uma outra história.

Portas e janelas que dão de frente para a rua como se fossem, cordialmente recepcionar os visitantes que ali passavam. Muitas dessas casas recebiam um adorno que ficava entre a testeira da casa e janelas, esse detalhe além de diferenciar a fachada, tinha uma posição social marcante na época, os mais antigos diziam que a expressão “sem eira nem beira” parte do princípio, onde quem possuía uma condição financeira mas elevada podia ter eira e beira, assim os menos favorecidos possuíam somente a eira.
Esse pequeno detalhe é lembrado até hoje, em meio às construções modernas e disputando espaço entre grandes marcas e é sutilmente utilizado nos mais atuais modelos arquitetônicos.

Atualmente na cidade de Taubaté, existe um projeto de mapeamento dos monumentos arquitetônicos, que estão sendo gradativamente destruídos pelo o grande avanço imobiliário ou simples fato de esquecimento cultural.
Esquecer um passado que se faz tão presente em nosso dia-a-dia é um atraso e um erro irreparável caso não tenhamos consciência dessa degradação histórica não nos restará mais o elo entre a memória e desenvolvimento


São detalhes como esses que contribui para a nossa história, e enriquecem nossa memória cultural.
Agora não se esqueça, mesmo que seja só de passagem você pode estar nesse momento, diante de uma obra de arte, mesmo sendo aquele sobradinho, tendo ou não eira nem beira é uma obra de Arte.


Emilio Millo

quinta-feira, 5 de março de 2009

DA FONTE PARA A CONCIÊNCIA


da fonte para a consciência

Algum tempo atrás conheci um homem, seu nome era Vicente, o Sr. Vicente tinha 93 de idade e se deparava com um terrível dilema que lhe custava horas de discussão e inúmeros pontos de interrogação, a respeito de uma situação tão comum que me chamava à atenção sempre que alguém tocava no assunto,
O assunto que o Sr. Vicente se referia -se era a questão da água, sim essa água que hoje nos ligamos para um disk
Água, e dentro de cinco minutos a água esta em cima de um bebedouro, muitas vezes junto com um brinde da “loja” que até da pra fixar em geladeira, pedimos o nosso liquido transparente tão valioso e sem gosto protegido por um garrafão azul com rotulo de origem onde esse rotulo mostra até um selo de garantia, de maneira que verificamos, que esse liquido tão puro tem a validade de sessenta dias após o consumo.
Ironicamente não é fato da praticidade de colocarmos a água em casa e sim modo que deixarmos a água sempre como a ultima preocupação, hoje em dia é impossível pensar em viver sem a presença dela.
Proteger o a tal espécie que esta ameaçada, financiar guerras a troco de força política, montar plataforma na lua, tudo isso pode até ser importante , mas se não lembrarmos daquele liquido que nos é tão essencial para a vida de todos que habitam nesse mundo que deveria ser chamado planeta água.
Sabemos a água doce do planeta esta cada vez mais escassa, temos o privilegio de estarmos em lugar onde a água é abundante, sabemos também que há dois tipos de água, a salgada e a doce, a salgada ocupa cerca de 99% do espaço aquático do planeta e o restante ficamos com 1% de água doce, pra fazer tudo aquilo que já fazemos inclusive desperdiçar.
Hoje me lembro e tenho que concordar com o Sr. Vicente, nas historias onde ele contava que o maior trabalho era somente levar a água da mina para casa e
quando não acreditava que chegaria um dia onde teríamos que pagar para beber um simples copo de água!


Emilio Millo

CONSUMIR SEM SER CONSUMIDO

Quando você esta fazendo compras você lembra da embalagem? Daquilo que você vai levar para casa? Ou você é do tipo que vai lotando o carrinho do supermercado e leva tudo o que te chama à atenção, sem ao menos ler o rótulo? Ou que compra uma roupa nova só porque a sua saiu de moda?
Atitudes como essas contribuem muito para o crescimento desenfreado do consumo. Existem teorias que mostram que o consumo sem controle gera uma dependência ou em termos, uma fuga para os dias de hoje.
Mas deixando de lado o fator patológico e sim focando atitudes simples do nosso dia-a-dia, somos capazes de contribuir muito para o nosso convívio social e consequentemente para o meio ambiente, que é o mais prejudicado com esse descontrole de consumo, um bom exemplo é o caso da senhora Deuslene Corrêa Siqueira 38, que é responsável por uma cooperativa de reciclagem na cidade de Campos do Jordão, onde são recolhidos e separados mais de mil toneladas todos os meses de material reciclável, ou que ela acostumava chamar de lixo. Nesse processo de receber o excedente Deuslene conta que muitos dos materiais que ali chegam poderiam ser aproveitados e reaproveitados com uma simples forma de se adequar há essa nossa vida tão corrida ela da dica de reaproveitamento de papel, como blocos de notas, sacolinhas plásticas para enchimento de almofadas e até como não gastar mais em transações bancárias, isso mesmo! Saber investir seu dinheiro também é uma forma de contribuir para o consumo consciente.
O consumo consciente não se trata apenas de consumir pouco ou deixar de consumir, o que seria impossível, mas sim consumir com qualidade. Uma simples sacolinha plástica que você leva para casa é um desperdício que vai gerar uma agressão na qualidade dos recursos naturais resumindo um consumo desnecessário,
O consumir esta relacionado, diretamente com a relação social e econômica como uma parte de um todo. Tempo, dinheiro, energia e matéria prima são elementos que nos possibilitam essa melhora em nossa qualidade de vida, mesmo que ainda sendo baleados diretamente todos os dias com fortíssimas técnicas que existem em dizer que consumir é melhor que consumir com consciência.
O professor da universidade de Taubaté Paulo Forte diz que: o processo no crescimento no consumo deve-se a propaganda pesada dos meios de comunicação que estimulam a idéia de que o que eu comprei hoje amanhã já esta ultrapassado, como exemplo temos os novos modelos de telefone celulares que a cada semana apresentam novas tecnologias e se tornam obsoletos a cada segundo; Fortes complementa dizendo dos efeitos colaterais que essa corrida desenfreada irá ocasionar é o aumento no consumo de energia elétrica, redução na disponibilidade de água, desmatamento de áreas naturais para a extração de matérias-primas , poluição de solo, água e ar para a produção de alimentos e bens industriais, aumento de doenças e obesidade na população. Ele ainda conclui dando algumas dicas e alternativas para fazermos uso no consumo excessivo como: -Comprar apenas o necessário e neste caso produtos que durante o seu processo de produção consumiram menos energia, água e matéria-prima
-Consumir produtos que apresentem embalagens com possibilidades de serem recicladas e reaproveitadas
-Conhecer o ciclo de vida dos produtos
-Sair de automóvel somente quando for necessário, pois existe a possibilidade de ir a pé, de bicicleta ou de ônibus. Se caso sair de automóvel praticar a carona solidária.
-Evitar o desperdício e utilizar ao máximo o produto adquirido.
Uma dado levantado pela a organização Indiana, Centrer For and Environment (CSE) mostrou que os paises mais ricos também são os maiores produtores de lixo o chamado excedente bens de consumo ou seja matéria prima desperdiçada.
Parte da explicação desse problema é o desequilíbrio na participação do mercado de consumo. Consumir ou ser consumido? A qualidade de vida vem em primeiro plano quando se trata do bem próprio, então pro que não podemos agir de forma simples e direta com esse mal que nos afeta nos dias atuais pelo bem comum?
Hoje mais de 70% dos brasileiros tem o interesse em saber como as empresas tende a ser socialmente e responsável pelos seus produtos, com transparência entre o produto e seu consumidor. O governo e a mídia também têm uma parte importante nesse processo de conscientizarão, parte da educação ou reeducação aos consumidores que teremos uma forte base para consumirmos com qualidade.
Atitudes simples como evitar o desperdício, o obsoleto é o que faz de uma vida saudável e equilibrada. Pense duas ou mais vezes antes de sair gastando tudo e adquirindo entulho para seu e o nosso consumo, pois moramos no mesmo planeta.

Emilio Millo

quarta-feira, 4 de março de 2009

A Moda é ter Consciência

A moda é ter consciência


Tudo que a cultura de massa impõe, imediatamente vira uma grande onda de consumo seja ela de uma intenção simplesmente mercantil ou meramente promocional, que no fundo tudo é revertida em mercado, e disso não temos como fugir.
Fazer virar moda um corte de cabelo, uma roupa ou até mesmo uma parte do corpo, nos dias de hoje é extremante fácil, pois trabalhamos com uma arma chamada “rapidez da informação” em outras palavras, tecnologia. Essa tecnologia, nos da uma autonomia que ainda estamos engatinhando no que diz respeito à consciência humana, e nos tem mostrado que os novos meios de comunicação como internet e TVs a cabo, são aliados na formação e na informação de qualidade.
Há pouco tempo atrás, uma rede te TV, exibia uma novela, onde a atriz teve certa doença que causou a queda de cabelo. Pois bem, o que era uma ficção retratando uma situação de cura, virou moda, pois todas as meninas passaram a raspar a cabeça no período em que a novela estava no ar. Esse e outros exemplos, em que a TV dita a “moda” podem ser usados de forma também benéfica, o que já deveria ser uma obrigação das redes de televisão.
Fico imaginando quando grandes campanhas publicitárias são feitas para promover big brother, jogos de auditório entre outros enlatados americanos. Milhões de brasileiros são afetados diretamente com doses homeopáticas até tornarem-se crônicas. Essas inserções que são massificadas, inúmeras vezes exibidas em rede nacional, e por milhares de pessoas que vêem inconscientemente todo esse lixo que é enfiado em nossas casas.
Já não seria à hora; ou melhor, passada à hora de virar moda campanhas de alfabetização, meio ambiente, planejamento familiar entre outras questões que ficam apenas em papel e nunca vão além de promessas políticas em ano eleitoral.
Um dia quando ligarmos nossas TVs, e em horário nobre estiver passando um programa onde mostre que ler é uma coisa tão descolada como um novo modelo de tênis, ou o último celular que foi lançado em uma cidade qualquer da China, ai podemos dizer que essa moda realmente vai valer a pena seguir,
Então porque não começamos agora a inventar moda, daquele simples papel de bala que jogamos no chão, daquele bom dia que damos para o nosso vizinho, ou do simples obrigado quando alguém segura a porta para que possamos passar; ações simples geram muito mais do que bem estar, elas fazem gerar um hábito e a prática de fazer gerar a consciência.


EMILIO MILLO